quinta-feira, 29 de abril de 2010

Passarela da Gardênia


Tudo sincronizado...
Peguei o 175 na Central do Brasil 
Cheguei na aula ...Fui barrada por falta de identidade!
_ caiu na água!
A aula foi maravilhosa podemos aprender
todo dia algo que sabemos, e esta dormindo...
saímos da aula de dramaturgia
quatro mulheres, havia um homem numa moto
que veio nos beirar... 
uma das meninas disse 
Ih! esse cara tá esquisito!
pensei,  pense positivo não vai acontecer nada!
estávamos quase subindo na Passarela, quando  subimos
ele veio e nos fechou.
Passa tudo!
as meninas correram 
e ficamos só nós dois eu e ele.
O olhar dele era de pai...
E eu filha do espírito santo!
eu no ímpeto que realmente desconhecia em mim
olhei pra ele como se o conhecesse e não havia medo entre nós
apenas reconhecimentos espirituais... respirei tranquila
como se ja tivesse passado por isso a poucos minutos e...
Pedi Calma, Calma!
e então ele soltou o meu braço
procurei meu celular na bolsa
 e o entreguei, ele olhou, riu e jogou 
o celular na minha bolsa de volta.
Fiquei confusa!
e ele disse
Corre!
Ai eu corri... Ele era o narrador da história
o dono da bola, ou o sem bola... sem história 
aquele q fica sempre fora da brincadeira
talvez nao houvesse arma mesmo...
So alma...
Vi nele um homem bom...
Talvez capaz de fazer uma dramaturgia
será que não tive medo dos seus olhos azuis? Achei doce!
Lembrou-me um amigo taurino muito gente boa
Corri de volta a escola, com as meninas desesperadas
e depois disso penso melhor na vida 
e agradeço o meu celular ser tão velho
agradeço  ter ficado calma num momento tão delicado
O maior templo de sentimentos
com certeza esta na calma...
Mas devo ver realmente se me cabe 
um lugar tão cheio de dramaturgos...
pra pouco espectador...
Muito diretor pra pouco índio...
Muito assalto pra pouca bolsa
Pouca passarela pra tanto flash...
Vou me embora pra PASSÁRGADA!
Lá sou amiga do Autor...